Estamos para começar o ano da misericórdia é uma oportunidade de ouro para refletir sobre nossas atitudes em relação ao próximo, especialmente no que diz respeito ao acolhimento dos nossos irmãos mais necessitados. O Papa Francisco diz em sua bula

Vultus Misericordiae: “A arquitrave que suporta a vida da Igreja é a misericórdia. Toda a sua acção pastoral deveria estar envolvida pela ternura com que se dirige aos crentes; no anúncio e testemunho que oferece ao mundo, nada pode ser desprovido de misericórdia. A credibilidade da Igreja passa pela estrada do amor misericordioso e compassivo”.

Dentro da comunidade precisamos ser pessoas que sabem acolher os outros com seus defeitos, com suas carências, suas fraquezas, seus pecados. Isto não significa aceitar o pecado, mas saber amar o pecador.

E a Igreja como comunidade precisa ser um lugar de convivência pacífica sem revanchismos, disputas ou invejas. O acolhimento passa por este sabe aceitar as diferenças e festejar as vitórias dos outros, mesmo que isto signifique às vezes a nossa derrota.

Durante este ano santo da misericórdia convido nossa comunidade e refletir sobre como atua diante da necessidade dos outros, que não é somente de pão, mas de carinho, de atenção, de amor, de dignidade, de respeito, de fraternidade. Nosso amor a Deus se reflete nesta compaixão, neste sofrer com o outro.

Vamos pedir juntos: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.

Nosso amor tem que ser aberto a todos, como diz o papa Francisco: “A Igreja tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho, que por meio dela deve chegar ao coração e à mente de cada pessoa. A Esposa de Cristo assume o comportamento do Filho de Deus, que vai ao encontro de todos sem excluir ninguém”.

Vivenciar a misericórdia passa por gestos concretos. Por isto vamos tratar de colocar nossa mão na massa e fazer a diferença na vida das pessoas, que estão ao nosso lado e que necessitam tanto de nós. Afinal de contas, o pouco que fazemos pode ser o essencial para muitos.

Concluo com a citação da bula Vultus Misericordiae: “A Igreja é chamada, em primeiro lugar, a ser verdadeira testemunha da misericórdia, professando-a e vivendo-a como o centro da Revelação de Jesus Cristo”. Deus abençoe a todos.

Pe. Alexandre Guidio